quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Nutricionistas exigem restrições na publicidade

Os anúncios a guloseimas, batatas fritas, sumos e colas invadem os espaços televisivos infantis. Os nutricionistas não têm dúvidas: "Para que o combate às doenças associadas aos maus hábitos alimentares seja eficaz é urgente reduzir o volume e o impacto da promoção comercial de alimentos e bebidas dirigidas às crianças."

Este é um excerto de uma notícia do "Diário de Notícias" que demonstra a posição da Associação Portuguesa dos Nutricionistas perante certas publicidades.

Publicidade: "a batata quente" na mão dos nutricionistas

Os nutricionistas conseguem ser neutros na comunicação sobre alimentação, mas quando se fala em publicidade isso torna-se mais complicado e nem sempre é conseguido. Quando se publicita um produto específico tenta-se realçar os aspectos positivos, encobrindo por vezes o que o produto tem de menos bom.
Será correcto um nutricionista publicitar suissinhos (uma vez que são sobremesas lácteas e não iogurtes)?
A propósito...
No programa "SOS OBESIDADE" da Sic Mulher, apresentado por uma nutricionista, foi convidada Helena Cid, nutricionista da Unilever, para explicar que as gorduras também fazem parte de planos alimentares para obesos. No entanto, apenas 25-30% do total energético ingerido deve ser constituido por gordura. Será que isto ficou claro na comunicação? Pelos vistos não; vejam uma crítica que foi feita pela nutricionista Paula Veloso.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Dia Mundial da Alimentação

Hoje é um dia especial... devemos aproveitá-lo para repensar os nossos hábitos alimentares e ter consciência das suas consequências.
Aqui fica o link para uma noticia preocupante e uma sugestão para uma exposição sobre a tão alarmante obesidade.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O meu leite é especial

Publicidades como esta são um exemplo a seguir. De uma forma de comunicação mista (estruturalista e funcionalista), não publicita uma marca específica, mas incentiva o consumo de leite.Como a publicidade influencia tanto as escolhas alimentares (principalmente das crianças), deveria aproveitar-se isto para publicitar produtos mais saudáveis (como os tão odiados legumes), em detrimento dos mais açucarados e gordos.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Publicidade: vários meios, o mesmo fim!

A publicidade é um meio de comunicação. Nos diferentes anúncios identificamos duas correntes: a estruturalista e a funcionalista.
A estruturalista parte do princípio que os comportamentos alimentares são influenciados por questões sócio-culturais. Vejam o anúncio da "Ferrero Rocher" e reparem como o consumo destes chocolates é associado a requinte e bom gosto, como forma de integração social. Além disto, há uma vertente associada ao prazer.
A corrente funcionalista defende que é a função dos alimentos e os benefícios que eles possam trazer para a saúde que determina os nossos hábitos alimentares. No anúncio da "Compal Vital" constatamos isso mesmo, uma vez que o poder antioxidante é o ponto central.

Há também publicidades que são mistas, pois utilizam princípios das duas vertentes. A "Coca-cola Zero" além de realçar o facto de este produto não apresentar açúcar nem calorias (corrente funcionalista), tenta associar o consumo desta bebida à integração num grupo juvenil com muito estilo (corrente estruturalista)!
Apesar de tudo, o objectivo final é o mesmo...vender!!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

E o nutricionista?

Como a comunicação sobre alimentação é bastante complexa, é necessária uma descodificação para que tudo fique mais claro. O nutricionista possui as ferramentas para desempenhar esta função. O grande objectivo das empresas alimentares é vender os seus produtos, usando para isso, e cada vez mais, as descobertas científicas que relacionam alimentação e saúde. É natural que o cidadão comum não saiba se o facto de um alimento ser enriquecido em antioxidantes, fitoesteróis, ou DHA, pode trazer vantagens para a sua saúde; ou se, por exemplo, a "Formas Luso" é um refrigerante ou uma água. O nutricionista, através de uma linguagem acessível, pode retirar estas dúvidas.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Comunicar sobre alimentação

Como seres humanos pertencentes a uma sociedade, temos a necessidade de comunicar sobre os mais diversos temas, sendo a alimentação um deles!
Porque é então tão importante a alimentação na nossa vida?
Uma resposta óbvia é a necessidade de sobrevivência... ninguém vive só de ar! Bem ou mal, todos precisamos de comer (com segurança), e a comunicação sobre os alimentos foi essencial para a subsistência da espécie humana.
Além da necessidade, comer é também um prazer e influencia até o nosso estado de espírito. Quem nunca tentou compensar um dia mau com a comida?
Se pensarmos bem, os aspectos religiosos, económicos e científicos são também algumas das razões pelas quais se comunica tanto sobre alimentação. Todos os dias somos bombardeados com anúncios publicitários cujo principal objectivo é a venda dos produtos. No entanto, hoje em dia a ciência tem conseguido moldar as prioridades deixando, por vezes, para segundo plano a economia (assim como a religião). Cada vez surgem mais evidências científicas (elas próprias uma forma de comunicar) das relações entre alimentação e saúde, suscitando na comunidade uma maior preocupação alimentar. E afinal de contas, ser saudável está na moda!